PORQUE MARACUJÁ

Para os companheiros de BQ que não prosseguiram para a AFA aqui seguem alguns números sobre o massacre da nossa Turma:

Início do primeiro ano (04 de Março de 1974):

. Aviadores: 197 alunos de BQ + 99 PQD's + 4 estrangeiros (1 paraguaio, 2 bolivianos e 1 venezuelano) + um boliviano nato conhecido como Cadete Zoch.

. Intendência: 15 intendentes "puros sangue" (fizeram concurso para a intendência).

. Total 301 aviadores e 15 intendentes.

Início do quarto ano:

. 161 aviadores + 4 estrangeiros + o Zoch + 29 intendentes.

Final do quarto ano:

. 85 aviadores + 4 estrangeiros + o Zoch + 28 intendentes.

. Total de aviadores desligados: 211 ou exatos 70 % da Turma.

 

O nome Maracujá surgiu de uma brincadeira de alojamento após um Capitão do Corpo de Cadetes ter dito que a nossa Turma, então no segundo ou terceiro ano (não me recordo), estar ainda muito grande e, por isso, estava precisando "balançar a roseira" para que alguns caíssem do galho.

Quando este fato foi comentado num apartamento em que se encontrava o Mario "Belo, plantador de ervilha", este, na sua sabedoria mineira, declarou:

"É, intão nóis tem que sê igual maracujá que fica véio, mucho e não cai do galho."

Na época estavam sendo disputados os jogos internos da AFA e, apesar de nós nunca ganharmos nada, o grito de guerra "maracujá" passou a ser entoado no ginásio de esportes pelos que tinham saco de estar presente.

Os que passaram pelo massacre, independente de terem ou não se formado, se identificam com o nome "Maracujá" como um símbolo de resistência e busca de um objetivo comum.

 

Argolo (77-209)